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O Princípio da Precaução e os Efeitos à Saúde: Devemos desligar o Wi-Fi à noite?

Ao que todas as informações e pesquisas científicas indicam: sim, o melhor é desligarmos todos os aparelhos antes de dormir como forma de precaução: wi-fi, celulares, tablets e computadores, evitando-os em nosso quarto de dormir.

Os cientistas chamam a atenção para o princípio da precaução no que se refere às radiações de celulares e de modens/roteadores. Algumas situações na área da educação já estão sendo observadas, como a sua retirada das escolas em alguns países da Europa.

A questão intriga e preocupa especialmente os pais: é conveniente desligar o wi-fi e os celulares quando não vão ser utilizados, para evitar a acumulação de radiações? Segundo o que ouvimos falar de pesquisadores e cientistas na área, ainda não existem evidências suficientes para estabelecer uma relação causa-efeito a longo prazo, relativo à acumulação no organismo, ainda que os indícios não sejam satisfatórios e apresentem muitos sintomas nocivos por exposição às chamadas radiações eletromagnéticas não ionizantes.

Contudo, a maioria dos especialistas entram em consenso para o principio da precaução, recomendando a desconexão noturna do wi-fi e também de celulares, uma vez que já foram confirmados sintomas semelhantes, observados em diferentes casos.

WI-FI NAS ESCOLAS

A França começou a retirar as redes wi-fi das escolas públicas, enquanto a Bélgica proibiu a utilização de celulares para menores de 14 anos. No Reino Unido, existe uma recomendação de que não se use abaixo dessa idade, com a sugestão de que se utilize o sistema viva-voz ou fones auriculares longe da cabeça.

Outros países como Inglaterra e Suécia também iniciaram a retirada do wi-fi das escolas, de museus e alguns lugares públicos, com o objetivo de regular o uso da tecnologia e buscar outros sistemas que permitam desfrutar da web através de conexões elétricas.

Já na Espanha, a Lei de Saúde Pública 33/2011 apela também ao principio da precaução: “Devem-se vigiar os riscos ambientais e os seus efeitos sobre a saúde (…), assim como o impacto potencial sobre ela na exposição a emissões eletromagnéticas”

O Colégio Oficial de Biólogos da Galiza emitiu, em 2013, um comunicado onde solicita a regulação da proximidade de antenas de telefonia móvel e da exposição a redes sem fios (wi-fi). Acrescenta que: “as administrações públicas deveriam proteger os mais pequenos, e seria recomendável que nos centros escolares se proíba o uso dos celulares e dos dispositivos wi-fi, assim como antenas de telemóvel que estão nas proximidades”.

Gráfico mostra os efeitos das radiações de microondas conforme a idade (Fonte: Dr. Om Ghandi, University oh Utha, 1996). Imagens da esquerda para direita: 1. Criança de 5 anos de idade; 2. Criança de 10 anos de idade; 3. Adulto. Em crianças, o efeito da radiação é sempre maior porque ainda estão em desenvolvimento.

Os seus responsáveis advertem: “as radiações eletromagnéticas não ionizantes estão relacionadas com diferentes tipos de doenças, algumas graves como o câncer, fundamentadas em estudos científicos. Causam danos aos seres vivos, existindo provas inequívocas relativas ao seu efeito nocivo”.

Juan Barros, epidemiólogo e médico de Medicina Preventiva resume: “Não é certo dizer que estas radiações sejam inócuas”. Defende a precaução porque sabe que existem efeitos para a saúde como: o rubor ou calores excessivos (mostrado no gráfico abaixo), alterações na melatonina, disrupções hormonais, mudanças no ritmo circadiano, reconhecidos pela OMS – Organização Mundial da Saúde, como também um aumento no risco de câncer encefálico.”

Outros especialistas relativizam essas provas por serem feitas em animais. O grande problema, conforme Barros, é que não temos estudos que permitam estabelecer conclusões a longo prazo. Contudo, os sintomas e doenças relacionadas a esse tipo de tecnologia não podem ser descartados.

Termográfico – Figura 1: cabeça sem exposição à radiação de celulares. Figura 2: cabeça após 15 minutos numa ligação de celular. As áreas amarelas e vermelhas indicam efeitos de aquecimento (o que se chama de rubor). Muitas vezes, esse calor excessivo gerado internamente, dependendo do tempo de exposição, pode não ser compensado pelo corpo, causando danos graves à saúde como: dores de cabeça, insônia, fadiga crônica, irritabilidade, debilidade do aprendizado.

ESTUDOS CIENTÍFICOS

Conforme exposto no artigo científico Wi-Fi is an important threat to human health, publicado em 2018 no periódico referenciado Environmental Research, estudos repetidos mostraram que a exposição ao wi-fi pode causar: (1) Estresse oxidativo | (2) dano espermático / testicular (principalmente em homens que levam o celular no bolso) | (3) efeitos neuropsiquiátricos, incluindo alterações no EEG | (4) apoptose (morte celular) | (5) danos no DNA celular | (6) alterações endócrinas e infertilidade em mulheres | (7) sobrecarga de cálcio | (8) Alzheimer precoce.

Alguns pesquisadores afirmam que o wi-fi não é um problema, entretanto, se levarmos em consideração o fato de que ele é um amplificador, estará amplificando também as ondas de todos os aparelhos conectados a ele dentro da sua casa.

Cada um desses sete efeitos também pode ser causado por exposições a outros campos eletromagnéticos (EMF) de frequência de microondas. A esses dados são acrescentados o fato de que a telefonia celular tem um poder de causar danos ainda maior do que o wi-fi. Por isso, os próprios manuais dos aparelhos celulares recomendam mantê-los sempre afastados do corpo e da cabeça (use o viva-voz e fones de ouvidos).

É claro que não precisamos viver privados do conforto e da rapidez tecnológica que temos hoje. Entretanto, não precisamos cair na falácia do tudo ou nada: ao invés de abandonarmos toda a tecnologia ou não fazermos absolutamente nada a respeito de seus possíveis efeitos colaterais, podemos buscar informação e sermos racionais, reduzindo ao máximo a exposição desnecessária às ondas eletromagnéticas.

COMO PRECAVER-SE

Algumas boas medidas para precaver-se, mantendo a sua saúde e a de sua casa, são:

  • Desligue aparelhos que produzam EMF sempre que esses não estiverem sendo usados. Portanto, desligue seu modem wi-fi durante à noite e seu celular também – evite usar seu celular como despertador.
  • Desligue o roteador quando ninguém estiver usando. Caso o dispositivo encontre-se localizado na cozinha ou no quarto, transfira-o para outro local.
  • Procure usar instalação de rede via cabo, incluindo a de telefone. Ainda que os telefones sem fio sejam mais práticos, sua radiação pode também ter efeitos nocivos.
  • Evite aparelhos móveis e computadores no quarto onde você dorme. Use-os apenas em um determinado período, fazendo intervalos regulares.
  • Desfrute de mais tempo ao ar livre, realize exercícios físicos; Procure ler também um bom livro, jornais e revistas sobre assuntos que você goste, reduzindo o tempo excessivo nos aparelhos digitais.
  • Caso não possa desligar o celular durante o dia, enquanto não estiver usando deixe-o no “modo avião”, desabilitando também a geolocalização e o NFC. Dessa forma, ele estará enviando e recebendo menos ondas.

E por fim, caso não possa desligar o wi-fi, ao menos deixe o roteador o mais longe possível de onde você dorme, pois a distância reduz a exposição. Segundo pesquisas relativo à saúde ambiental e à geobiologia de residências, o ideal é que não haja nenhum aparelho no seu quarto, nem celular, computador ou roteador. Essas ondas eletromagnéticas também eletrificam o ambiente, cujas causas também envolvem insônia, problemas cardíacos, fadiga crônica e dores de cabeça.

Ter um sono tranquilo e regenerador é como colocar gasolina no carro. Preserve a sua saúde e a saúde ambiental da sua casa, fazendo da tecnologia a sua aliada.

Luciane Strähuber – Educadora da Terapêutica Integrada e Consultora Integrativa

Fontes complementares: Habitat Saudável.com | Anna Civolani, PhD em Biologia Molecular e Mestre em Biologia Animal (Itália) – informações científicas de ScienceDirect e  Home – PubMed – NCBI. | Wi-Fi em escolas – Perigo Iminente (Eugenio Lopes – Engº Eletrotécnico ISEP Portugal) | Documentário sugerido sobre o tema: “Doenças do Século XXI” (Netflix). Relata casos reais, sintomas e efeitos da poluição eletromagnética em pessoas sensíveis.

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