
Ruth Ginsburg e citação que permeou seu trabalho: “Eu não peço nenhum favor para o sexo feminino, tudo o que peço aos nossos irmãos é que eles tirem os pés do nosso pescoço.” – autoria de Sarah Grimké, 1837.
Dedico esta história de força, persistência, coragem e superação a todas as mulheres como um exemplo inspirador de vida, em especial àquelas que desempenham funções e cargos judiciais e que fazem a diferença. Dedico a todas as mulheres que têm no seu íntimo um forte senso de igualdade, de justiça, de equilíbrio de direitos tanto para mulheres quanto para homens, sentimento este que difere do femismo – o oposto do machismo – e que advém de uma base de respeito, solidariedade e humildade em benefício do todo.
A história à qual me refiro foi pouco divulgada no Brasil, mas virou referência mundial e rendeu um maravilhoso documentário com o nome “A Juíza”. A obra relata a trajetória de Ruth Bader Ginsburg, a primeira mulher a tornar-se juíza, uma Associada de Justiça da Suprema Corte dos Estados Unidos que mudou a lei do país relativo à igualdade de gênero e, não menos, permanece incentivando a mudança de Constituições em outros países.
Ruth foi professora da Faculdade de Direito da Universidade Rutgers e da Faculdade de Direito de Columbia, ensinando processos civis; era uma das poucas mulheres que trabalhavam neste campo na época, tendo conquistado sua posição com muito trabalho, disciplina e o apoio do influente marido.
Ginsburg gastou uma parte considerável de sua carreira jurídica defendendo o avanço da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres, ganhando múltiplas vitórias. Hoje, permanece mais nos bastidores em função dos limites de sua idade, mas muito lúcida e com uma força interior enorme, permanece ensinando sobre o tema em universidades, dando palestras e entrevistas, sendo exemplo para sua filha e neta que seguem o mesmo caminho.
Movimentos atuais e paralelos como #Me Too, #Time’s Up, #Empoderamento, entre outros que correm pelas redes sociais, são consequências de uma longa caminhada, de um terreno fértil e sadio deixado pelo árduo trabalho desta alma feminina, sábia e guerreira que abriu caminho para muitas de nós.
Confere mais adiante dicas de vídeos e documentários relacionados ao tema. Informe-se e divulgue. Namaste! [* DICA: Assista o documentário primeiro para o filme estar contextualizado depois. Os dois valem muito à pena! ]
Mulheres leitoras e seguidoras do Blog: sabendo de casos semelhantes a este – de mulheres que certamente nem sequer apareceram na mídia, mas fazem a diferença – escrevam, sugiram, publiquem e comentem no Blog. Todo conteúdo recebido e sugerido é utilizado com carinho para novos posts e artigos. Nosso trabalho, nossa dedicação e nossa pesquisa em prol do autoconhecimento é para vocês!
Documentário: “Notorious RBG” (2018 – Nos EUA) | “A Juíza” (no Brasil) – Para mais informações, acesse o site oficial: https://www.rbgmovie.com/
2. Filme sobre sua história real: “On The Basis of Sex” (2019) | “Suprema” (no Brasil)
3. Documentário sugerido e relacionado ao tema: “Gloria Alred – Justiça para todas” – disponível na Netflix. Assista o trailer!
Sempre mergulhando de cabeça em casos polêmicos e lutando por mudanças, Gloria Allred é outra mulher guerreira no judiciário. Dedicou mais de 40 anos de sua vida para garantir e proteger os direitos das mulheres, enfrentando traumas pessoais, o escrutínio da mídia e homens poderosos.
Por trás dessa máscara de poder – porque poder só conhece poder, segundo Gloria – há uma pessoa sensível que viveu o mesmo trauma das mulheres pelas quais apóia, auxiliando-as a sairem do papel de vítima, tornarem-se sobreviventes e progredirem em direção à mudança. Super indico este documentário, novamente enfatizando a diferença entre femismo e os movimentos feministas em prol da igualdade de gênero.
4. No Brasil, Palestra do TED-X de São Paulo: “Vocês estão ouvindo a minha voz?“, ministrada pela Promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur, cujo trabalho é referência no país.
“Não estamos contra os homens, mas sim à favor dos direitos das mulheres. Toda mulher merece ser respeitada pelas suas escolhas. Lugar de mulher é onde ela quiser.” – Gabriela Manssur
Gabriela Manssur já realizou várias entrevistas na mídia e neste vídeo fala sobre a necessidade de ouvirmos mais de perto e respeitarmos as mulheres, a importância do apoio mútuo entre mulheres, de projetos e leis que contemplem de forma mais efetiva a causa, mas também da importância de olharmos os dois lados da moeda: a vítima e o agressor – ambos precisam de apoio.
Ela é referência no Brasil no trabalho de combate à violência contra a mulher e nos projetos de ressocialização dos homens perpetradores de violência, trabalhando no objetivo de evitar reincidências. É Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Coordenadora do Núcleo de Combate à Violência contra a Mulher.
É colunista da revista Cláudia e Marie Claire. Criou e mantém um Blog, página no Facebook e Instagram intitulados: “Justiça de Saia“. Além disso, promove corridas de rua para dar visibilidade à causa e angariar recursos e incentivos para projetos às comunidades mais carentes. Vale à pena ver a trajetória dessa presença forte que é Gabriela em cena!
Luciane Strähuber – Educadora e Consultora da Terapêutica Integrada