
“Quando me posiciono na força do meu centro de poder, humilde perante a sabedoria atemporal de minha alma, o impossível torna-se possível e milagres acontecem!
Entrego à minha alma, com prontidão, o leme do barco de minha vida quando a dúvida assola e vem bater à minha porta em noites frias.
Busco a clareza e o discernimento em meio aos questionamentos da incessante mente, descontente e racional frente à simplicidade e à subjetividade da alma.
E quando o mar de pensamentos acalma, encontro na calmaria a verdade além da verdade, a minha verdade única e essencial.
Novamente, volto para o meu centro de força, de poder e sabedoria. Permito que a bússola do coração me aponte o norte e o GPS da alma me guie no caminho, na longa espiral da evolução da vida.
Em meio às dúvidas, a inconteste mente ainda exige confirmações. Recorro, então, a um oráculo sempre confiável: a Natureza. Sua linguagem em sincronia plena à linguagem do universo me permite o silêncio interior.
Entro em sintonia à essa linguagem e fico atenta os sinais que, muitas vezes, são manifestados no mundo material em sincronia ao mundo da consciência, a um mundo não manifesto, mas percebido por outros sentidos do ser.
E voilá: em poucos segundos, gaviões sobrevoam minha cabeça. Deixam um rastro de energia capaz de ser sentido por minha mãos erguidas enquanto sigo acompanhado-os em seu majestoso vôo.
Com as antenas da alma, capto a mensagem clara através do êxtase de um momento eternizado no tempo. A luz dourada como sol ocupa minha mente e inunda meu coração.
À semelhança de um gavião desloco-me de dia, voando alto e mantendo uma visão global do Todo. Num vôo elegante, ao sabor das espirais quentes do vento, aprendo com os olhos que vêem na luz, que sabem encontrar o seu alimento buscando a verdade além da verdade.
À semelhança da coruja desloco-me à noite, exercitando a percepção dos sentidos e aguçando a visão: a clarividência nata da alma. Num vôo leve, silencioso e preciso, aprendo com os olhos que vêem no escuro, na noite da alma, e sigo em direção às sabedorias esquecidas das estrelas.”
Mensagem de ©Yehuá – Por Luciane Strähuber