
O projeto que busca incentivar o uso de plantas medicinais e fitoterápicos nasceu na Universidade Estácio de Sá, uma iniciativa do Campus do município de Petrópolis, no Rio de Janeiro. O objetivo é aproximar a comunidade, os alunos – especialmente os do curso de Farmácia – os prescritores e usuários das plantas medicinais, possibilitando a troca de informação e o incentivo ao seu uso.
Segundo a coordenadora do projeto, Jeane Nogueira, o foco é uma divulgação dinâmica e interativa através da promoção do conteúdo nas mídias sociais e por meio de oficinas. Uma das oficinas foi aplicada na comunidade Quilombo de Tapera, no Vale do Cuiabá, território de amplo conhecimento sobre plantas medicinais e tradicionalidade.
O trabalho de extensão também busca levantar informações junto aos agentes envolvidos para fomentar as mídias com caráter educativo, cultural e científico, disse a coordenadora. Acredita que a internet é o maior repositório de informações disponíveis, proporcionando acesso a um grande número de pessoas e, assim, contribuindo para divulgação e construção da integralidade entre a ciência e a saúde.

O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos tem o objetivo de garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional.
Com isso, propõe a ampliação das opções terapêuticas e a melhoria da atenção à saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde no país. Da mesma forma, através dos cursos abertos à comunidade, ofertados gratuitamente nas plataformas virtuais como AVASUS, possibilita que o conhecimento seja igualmente autoinstrutivo aos interessados. > Leia também: Uso de Fitoterápicos e Plantas Medicinais: SUS Disponibiliza Cursos Gratuitos e Online
RECOMENDAÇÕES DE USO
As plantas medicinais e os fitoterápicos são utilizados como complemento ou recurso terapêutico para tratar desequilíbrios e enfermidades. Porém, nem tudo que é natural não faz mal. As plantas apresentam propriedades químicas que podem prejudicar a saúde, causando alergias, intoxicação ou quando combinadas de forma errada com outros medicamentos alopáticos.

Algumas dicas para o seu uso correto são:
- Utilize plantas que você conhece. Evite o uso de plantas desconhecidas ou de identidade duvidosa – a não ser que você tenha indicação de um profissional.
- Cautela com as informações que circulam na internet. Não confie em qualquer site e evite utilizar livros que não apresentem indicações, contra-indicações, formas de uso e efeitos colaterais.
- Antes de utilizar uma planta, deixe-a secar à sombra, colocando um guardanapo ou pano de algodão bem fino sobre ela – sem abafar demais – deixando-a em ambiente arejado por alguns dias, até se tornar quebradiça. Essa ação reduz a possibilidade de formação de mofo e fungos, promovendo um uso mais seguro.
- Após a secagem, guarde-as em um vidro fechado e anote o dia da coleta. Plantas armazenadas por muito tempo podem perder seus efeitos terapêuticos.
- Ao adquirir uma planta medicinal, observe seu estado de conservação.
- Sempre informe ao seu médico ou profissional de saúde se está utilizando algum fitoterápico ou se faz uso de algum produto caseiro à base de plantas.
- Cuidado com local de coleta das plantas. Podem estar contaminadas com agrotóxicos, gases poluentes – monóxido de carbono, por exemplo, em plantas de beira de estrada – ou produtos químicos.
- Observe e busque informação sobre como você deve usar a planta, se pode ser ingerida ou apenas usada externamente.
- Em caso de dúvidas, sempre procure orientação, seja de um profissional que tenha conhecimento ou um farmacêutico.
Fontes complementares: Tribuna de Petrópolis e Diário de Petrópolis
Mais informações com entrevistas, vídeos e textos na página do Facebook: Projeto Fito Floral
Luciane Strähuber – Educadora da Terapêutica Integrada