
Irmãos são indivíduos que participam de uma mesma comunidade de destino. Eles vem de um pai e de uma mãe em comum – ou de um deles em comum. Porém, em algum ponto de origem, seja no pai ou na mãe ou em ambos, compartilham da mesma história familiar.
Segundo Bert Hellinger, o criador da Constelação Familiar: “Pais e filhos constituem uma comunidade que partilha de um destino comum. Nela, cada um depende do outro de muitas maneiras e, na medida das suas possibilidades, precisam cooperar para o bem comum. Aqui, cada um simultaneamente dá e recebe.”
Entre irmãos, há sempre uma ordem a ser respeitada. Há o que chegou antes e existe os que vieram depois – a ordem de precedência. Mesmo no nascimento de gêmeos, um deles tem a precedência. É primordial essa ordem ser olhada e respeitada. Isso vale tanto entre pais e filhos, quanto entre irmãos na sua convivência.
Através da constelação familiar sistêmica, é necessário olhar também para os irmãos que não nasceram, para os que naturalmente não sobreviveram ou que foram abortados. Todos estes fazem parte da ordem familiar e têm o seu lugar por pertencimento. Dessa forma, podemos ter uma imagem completa desta comunidade de pessoas, unidas pela sua origem e que realizam um grande trabalho: caminhar, juntos ou separados, por uma jornada de vida. Leia mais sobre Abortos: Incluindo os Excluídos.
Levando em consideração a particularidade de cada caso, a Constelação Familiar como ferramenta terapêutica auxilia a encontrar o fluxo da ordem dentro da hierarquia familiar, mostrando onde reside a origem das desordens, dos conflitos e de situações desafiadoras em nossa vida. Ela pode revelar, a partir de nossa abertura interior, o que está atuando em nosso inconsciente, levando nosso olhar em direção às dificuldades que vivenciamos e descortinar aquilo que ainda não estava consciente.
PAIS, FILHOS E IRMÃOS
Na ordem entre pais e filhos e também entre irmãos, existe uma dinâmica semelhante no dar e no receber: assim como os pais somente dão e os filhos somente recebem, entre irmãos o mais velho também poderá dar ao irmão mais novo, e este receberá mais.
Cabe porém ressaltar que o “dar” – a troca entre irmão mais velho e mais novo – diz respeito ao lugar de irmãos, jamais um irmão mais velho pode oferecer algo que só compete ao pai ou à mãe fazê-lo. Num caso assim, ele estaria saindo de seu lugar, ferindo inconscientemente a ordem ao querer fazer-se “maior” que os pais – aqui a palavra “maior” refere-se a ocupar um lugar de precedência daquele que veio antes.
É importante frisar bem este ponto: muitos filhos mais velhos podem tender a colocar-se fora de seu lugar, tomando para si algo que é da função do pai ou da mãe. A consequência sempre será a de que os irmãos mais novos não aceitarão tal desordem, sendo provável que nasçam desta dinâmica muitos conflitos, brigas e dificuldades de existir paz entre os irmãos.
Segundo Hellinger: “Quem vem primeiro deve dar mais porque também recebeu mais, e quem vem depois necessariamente recebe mais. Entretanto, também este último, quando já tiver recebido o bastante, dará aos que vierem depois. Assim, dando e tomando, todos se sujeitam à mesma ordem e seguem a mesma lei.”
Da mesma forma, os que recebem devem honrar a dádiva daquilo que receberam, e da forma como receberam. Quando esta boa ordem é respeitada, aqueles que dão são retribuídos pelos bons frutos do que cederam. E os que receberam ficam livres para passar isso adiante. Dessa forma a vida flui, em direção ao mais.

EQUIVALÊNCIA E BRIGAS
Ainda que exista a precedência, irmãos são equivalentes. Não há diferença de valor entre eles para o sistema, apenas uma diferença de ordem. Da mesma forma como o fluxo entre o dar e o receber segue de cima para baixo, e o tempo flua do antes para o depois, a ordem entre irmãos não pode seguir por outro caminho diferente daquele estipulado pelo nascimento.
Assim, irmãos maiores tem um lugar diferente de seus irmãos menores, e sentir-se-ão ameaçados se houver uma tentativa de invasão de seu espaço. Isto trará conflitos. Esta é uma dinâmica comum que se mostra nas constelações, quando um caçula entende em seu interior que tem o direito de se intrometer no assunto de seus irmãos mais velhos, ou até mesmo de seus pais. Isso é geralmente a fonte de problemas entre irmãos, quando a ordem e o lugar de cada um não são respeitados. Isto é algo que atua no nível sutil ou inconsciente, porém mostra sua influência de forma concreta no dia-a-dia.
Por cada caso ser um caso, a solução deve ser tratada como única e irrepetível para cada família. Isto é um fato importante para não haver enganos ou julgamentos por parte do terapeuta, evitando caminhos que levam a verdades absolutas. Um exemplo disso são os casos de irmãos mais velhos que tendem a assumir, de forma compulsória, responsabilidades pelos irmãos mais novos em caso de morte de um dos pais ou de ambos, em caso de abandono ou de incapacidade dos pais por motivo de doença grave, ou ainda de situações extremas que envolvam o vício em drogas, tráfico, álcool, prostituição, entre outros.
É sempre importante olhar os movimentos de cada caso onde há desentendimentos entre irmãos. Em algumas situações, há uma força de exclusão nestas relações que pode ser a repetição de um caso acontecido anteriormente no sistema familiar. Exclusões sempre atuam tencionando o sistema e trazendo dificuldades para todos que dele fazem parte. Segundo a constelação familiar, a exclusão é um movimento “arrogante” de um membro ou de um sistema de retirar o pertencimento de alguém que tem esse direito, pelo fato de ali ter nascido.
Trilhar um caminho de amor, harmonia e compreensão em meio às complexidades do sistema familiar é possível. Conhecer as “ordens do amor” que atuam muitas vezes de forma inconsciente é uma meta essencial, uma forma de evitarmos crises, conflitos e enfermidades. Elas ocorrem em virtude do desconhecimento das leis naturais que regem os nossos sistemas familiares e sociais. Da mesma forma, essas ordens não são um fim em si mesmas, assim como menciona Hellinger quando diz que a Constelação não é um método, mas um caminho.
Leia mais sobre essas leis e ordens em: Vínculos do Destino: A Fonte não precisa perguntar pelo caminho

ORDEM DE NASCIMENTO DOS IRMÃOS
Por Dra. Gail Gross – Especialista em família, educação e comportamento humano.
“Você vai fazer uma viagem de carro com seus irmãos adultos. Qual desses três cenários mais se parece com você?
1. Você vem planejando a viagem há semanas, já cuidou das reservas de hotel e restaurante, trocou o óleo do carro e encheu o tanque. E até já mapeou as paradas para descanso ao longo do caminho.
2. Você passou a manhã na correria, tentando aprontar tudo. No final, jogou lanches e roupas na mala de qualquer jeito, na última hora. Se é você quem vai dirigir, está torcendo para encontrar um posto na estrada e encher o tanque, que está pela metade.
3. Viagem em família? Vai ser divertido! Você aceitou o convite porque vai ser uma curtição e não planejou contribuir com nada, exceto suas piadas e historinhas divertidas. Você também curte os lanches que seus irmãos mais velhos trouxeram. Percebe que talvez precise comprar um agasalho mais apropriado quando vocês chegarem ao destino.
Se você se identifica com o cenário nº 1, é provável que seja o filho primogênito. Se o cenário nº 2 o descreve bem, você é provavelmente o filho do meio. Você se identifica mais com o cenário nº 3? O mais provável é que seja o caçula.”
A ORDEM DE NASCIMENTO FAZ DIFERENÇA
Alguns pesquisadores consideram a ordem de nascimento tão importante quanto o gênero, e quase tão importante quanto questões genéticas. É a velha história da natureza versus criação. Em minha experiência como educadora e pesquisadora, sei que não existem dois irmãos que tenham os mesmos pai e mãe, mesmo que vivam na mesma família. Por que? Porque os pais são diferentes com cada um de seus filhos, e não há dois filhos que desempenhem o mesmo papel. Por exemplo, se você é o filho cuidador, o papel de cuidador já terá sido tomado, e seu irmão escolherá outro papel para exercer na família, talvez o do realizador.
Como pai ou mãe, você se lembra bem de seu primeiro filho. Foi aquele que você vigiava quando estava dormindo, para ter certeza de que continuava a respirar. Foi o bebê que você carregou no colo e amamentou e/ou para o qual esterilizou mamadeiras por mais tempo. Esse filho é o único que terá tido o monopólio dos pais; todos os outros filhos foram obrigados a dividi-los.
O filho primogênito nasce numa família de adultos que se orgulha de cada conquista dele e teme todo machucado ou acidente potencial. O filho do meio com frequência é dominado pelo primogênito, que é mais velho, sabe mais e é mais competente. Quando nasce o filho caçula, os pais geralmente já estão cansados e têm menos tendência a querer controlar tudo. Quando você tem seu caçula, já sabe que seu bebê não vai quebrar; logo, pode ser mais flexível em termos de atenção e disciplina. O resultado é que seu bebê aprende desde cedo a seduzir e divertir vocês.

O REALIZADOR, O PACIFICADOR E O BRINCALHÃO
Enquanto o filho mais velho é programado para alcançar excelência e realizações, o filho do meio é criado para ser compreensivo e conciliador, e o caçula quer atenção. Assim, a ordem de nascimento dos filhos é uma variável poderosa no desabrochar da personalidade de cada um.
* O primogênito: o realizador. O primogênito provavelmente terá mais em comum com outros primogênitos do que com seus próprios irmãos. Pelo fato de ter sido alvo de tanto controle e atenção de seus pais, marinheiros de primeira viagem, os primogênitos são responsáveis até demais, confiáveis, bem comportados, cuidadosos – versões menores de seus pais.
Se você é filho primogênito, é provável que seja um realizador que busca aprovação, domina e é aquele perfeccionista que suga todo o oxigênio que há na sala. Você pode ser encontrado em profissões que requerem liderança, como direito, medicina ou ser CEO de uma empresa. Como mini-pai ou mãe, também tenta dominar seus irmãos. O problema é que, quando nasce o bebê número dois, você tem um sentimento de perda. Ao perder seu lugar no trono familiar, você também perde o lugar especial decorrente da singularidade. Toda a atenção que era voltada exclusivamente a você agora terá que ser compartilhada entre você e seu irmão.
* O filho do meio: o pacificador. Se você é filho do meio, é provável que seja compreensivo, cooperador e flexível, mas também competitivo. Você se preocupa com o que é justo. Na realidade, como filho do meio, é muito provável que escolha um círculo íntimo de amigos para representar sua grande família. É nesse espaço que encontrará a atenção que lhe faz falta em sua família de origem.
Como filho do meio, você é quem recebe menos atenção de sua família, e por essa razão essa família que você escolheu é sua compensação. Embora em muitos casos você só se destaque mais tarde na vida, acabará em profissões poderosas que lhe permitam fazer bom uso de suas habilidades de negociador – e também conseguir aquela atenção que lhe faz tanta falta.
Você e seu irmão mais velho nunca vão se destacar na mesma coisa. O traço de personalidade que o define como filho do meio será o oposto daquele de seu irmão mais velho e do menor. Mas as ótimas habilidades sociais que você aprendeu por ser o filho do meio – negociar e orientar-se dentro de sua estrutura familiar – podem prepará-lo para um papel de empreendedor num palco maior.
* O filho caçula: aquele que anima a festa. Se você é o caçula da família, seus pais já se sentiam confiantes em seus papéis de cuidadores; por essa razão, eram menos rígidos e não necessariamente prestavam atenção a cada passo ou marco seu, assim como fizeram com seus irmãos mais velhos. Assim, você deve ter aprendido a seduzir as pessoas com seu charme e simpatia.
Como filho caçula, você tem mais liberdade que os irmãos mais velhos e, em certo sentido, é mais independente que eles. Como o caçula, você também tem muito em comum com seu irmão mais velho, já que vocês foram tratados como especiais, dotados de certos direitos inatos. Sua influência se estende a toda a família, que lhe dá apoio emocional e físico. Logo, você tem um sentimento de segurança e de ter seu lugar próprio.
Provavelmente, não o surpreenderá observar que os filhos caçulas com frequência encontram profissões ligados ao entretenimento, como atores, comediantes, artistas, escritores, diretores e assim por diante. Eles também dão bons médicos e professores. Como seus pais foram mais descontraídos e lenientes, você tem a expectativa de ter liberdade para seguir seu próprio caminho em estilo criativo. E, como o caçula da família, carrega menos responsabilidade, por essa razão não atrai experiências responsáveis.
* O filho único: Se você é filho único, cresce cercado por adultos e, por essa razão, com frequência sabe verbalizar as coisas bem e tem maturidade. Isso possibilita ganhos de inteligência que excedem outras diferenças de ordem de nascimento. Tendo passado tanto tempo sozinho, você é engenhoso, criativo e tem confiança em sua independência. Se você é filho único, na realidade tem muito em comum com os primogênitos e também com os caçulas.
Em última análise, é importante para os pais conhecerem seus filhos. Ainda mais importante que a ordem em que eles nasceram é criar um ambiente positivo, sadio, seguro e estimulante. Compreendendo a personalidade e o temperamento de cada filho, os pais podem organizar o ambiente dele de modo a aproximá-lo de seu potencial mais pleno. Por exemplo, sabendo que o filho primogênito tem grande senso de responsabilidade, podem aliviar a carga dele, e reconhecendo que o caçula está vivendo em um ambiente mais leniente, podem ser mais exigentes em termos de disciplina. A criança precisa ter direito de buscar seu próprio destino, seja qual for seu papel na família, e como mãe ou pai sua tarefa mais importante é apoiá-la nessa sua jornada individual.

ORDEM E HIERARQUIA
Hellinger diz: “Existe uma ordem nos relacionamentos que atribui aos membros mais antigos a precedência em relação àqueles que vieram depois. Denomino-a de ordem original. Neste sentido um casal encontra-se no mesmo nível, pois iniciam a relação ao mesmo tempo. O mesmo vale para os pais. Entre eles não existe uma preferência nesse sentido. Eles começam juntos. Aqui também são equivalentes.
Quando eles têm filhos, o primeiro tem uma preferência hierárquica em relação ao segundo, e o segundo tem uma preferência hierárquica em relação ao terceiro. Isso não significa que o primeiro filho possui o poder de dar ordens aos outros irmãos, mas de acordo com a hierarquia ele vem antes e, naturalmente, os pais têm a preferência hierárquica em relação aos seus filhos. O efeito é bom quando respeitamos a ordem original (…) Quando um mais novo assume algo de funesto em lugar de um mais velho, mesmo que seja por amor, ele se intromete na esfera mais pessoal de alguém que hierarquicamente o precede e tira dessa pessoa e de seus destino funesto sua dignidade e força.”
Portanto, quando um filho infringe a hierarquia do dar e tomar, como resultado inconsciente ele se pune com severidade, frequentemente com o fracasso e o declínio, sem tomar consciência da culpa e do vínculo. Isto porque, como é por amor que ele transgride a ordem ao dar ou tomar o que não lhe compete, não se dá conta da própria arrogância e julga que está agindo bem.
Porém, a ordem não se deixa suplantar pelo amor. Pois o sentido de equilíbrio que atua na alma, anteriormente a qualquer amor, leva a ordem do amor a fazer justiça e compensação, mesmo ao preço da felicidade e da vida – aqui a lealdade à família é maior que a felicidade e a vida. Por essa razão, a luta do amor contra a ordem está no início e no fim de toda tragédia, e só existe um caminho para escapar disso: compreender a ordem e segui-la com amor. Compreender a ordem é sabedoria, segui-la com amor é humildade.
Independente de tudo o que aqui foi relatado, consideremos cada sistema e suas particularidades, além de uma série de fatores sociais como a nacionalidade, a educação, a cultura e os costumes, as crenças e os valores, entre as outras relações dentro da família.
* Casal e filhos: O relacionamento entre marido e mulher existe antes de se tornarem pais: há adultos sem filhos, mas não existem filhos sem pais biológicos. O amor vence quando os pais cuidam bem dos filhos quando eles são jovens, mas a recíproca não é verdadeira. Assim, o relacionamento entre marido e mulher assume prioridade na família.
* Irmãos: A prioridade baseada no tempo também se aplica aos irmãos. Os que estão perto do começo da vida recebem dos que já viveram mais. O mais velho dá ao mais jovem, o mais jovem recebe do mais velho. O primeiro filho dá ao segundo e ao terceiro; o segundo recebe do primeiro e dá ao terceiro; e os caçulas recebem de todos os outros. O primogênito dá mais e o infante recebe mais. Por isso, muitas vezes, o filho mais velho é recompensado com privilégios e o mais novo assume maiores responsabilidades para com a velhice dos pais.
* Novos relacionamentos: Os novos sistemas de relacionamento também têm prioridade sistêmica sobre os antigos. Dá-se aí o contrário da dinâmica de precedência dentro de um sistema em que os membros mais velhos se sobrepõem aos que vêm depois. O relacionamento do casal tem prioridade sobre o relacionamento com a família de origem, do mesmo modo que o segundo casamento tem precedência sobre o primeiro. Os relacionamentos são prejudicados quando esse princípio não é acatado – quando os pais permanecem mais importantes que os parceiros e filhos, ou quando os primeiros parceiros são mais importantes que os novos, por dinâmicas conscientes ou inconscientes.
VALE O QUANTO PESA
Com respeito ao peso, o relacionamento mais importante na família é entre o pai e a mãe; vem em seguida o relacionamento entre pais e filhos, os relacionamentos com a família em geral e, finalmente, os relacionamentos com outros grupos livremente escolhidos. Algumas pessoas, assoberbadas por um destino particularmente difícil – um exemplo do que foi mencionado anteriormente, quando um irmão mais velho ou outro membro da família acaba por ter de assumir o lugar de um dos pais – podem ter bastante “peso sistêmico” para que a sequência normal da realidade, de acordo com o tempo, deva ser ajustada.
Por Luciane Strähuber – Consultora, Terapeuta Integrativa e Educadora da Terapêutica Integrada
Fonte complementar de obras e referências: 1. Dra. Gail Gross – http://www.huffingtonpost.com/dr-gail-gross/; 2. “A simetria oculta do Amor”, 3. “No centro sentimos leveza”, 4. “As Ordens do Amor” – Todos de Bert Hellinger/ 5. “Objetos transicionais e fenômenos transicionais”, 6. “O brincar e a realidade” – Donald Woods Winnicott; 7. “Irmãos e irmãs” – Karl König; “O complexo fraterno” – René Kaës/ “Família: Urgências e Turbulências” – Mário Sérgio Cortella.
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