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Orgânicos, Financiamento Coletivo e Economia Criativa: o que tudo isso tem em comum?

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Sempre atenta às novidades de produtos orgânicos no mercado, dos serviços alternativos, personalizados e mais intimistas sendo oferecidos à sociedade, unindo funcionalidade e confiança, tenho acompanhado notícias muito positivas surgindo e depoimentos reais relatando os impactos na vida e na mudança dos hábitos de inúmeras pessoas.

Estamos vendo e vivendo um movimento muito peculiar e de profundo impacto social positivo, sendo chamado de Economia Criativa. Segundo matéria da Eco Rede Social – empresa que apoia projetos para Financiamento Coletivo/ Crowndfunding – uma pesquisa feita em 60 países revelou que 2 em cada 3 pessoas estão dispostas a compartilhar ou alugar alguma coisa sua: “Estudos com dados de 2014 indicam que a economia criativa movimenta cerca de 130 bilhões de dólares no mundo. E há indícios de que o Brasil tenha uma participação importante dentro desse mercado. Os primeiros serviços neste sentido já estão aparecendo e a tecnologia é a grande aliada”, diz a reportagem.

Segundo informações do SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Economia Criativa é um termo criado para nomear modelos de negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos com vistas à geração de trabalho e renda. Diferentemente da economia tradicional, de manufatura, agricultura e comércio, a economia criativa foca, essencialmente, no potencial individual ou coletivo para produzir bens e serviços criativos. De acordo com as Nações Unidas, as atividades do setor estão baseadas no conhecimento e produzem bens tangíveis e intangíveis, intelectuais e artísticos, com conteúdo criativo e valor econômico.

Grande parte dessas atividades vem do setor de cultura, moda, design, música e artesanato. Outra parte é oriunda do setor de tecnologia e inovação. É um dos setores que está crescendo mais rápido no mundo econômico, não apenas em termos de geração de renda, mas também na criação de empregos e em ganhos na exportação. A criatividade e a inovação humana, tanto individual quanto em grupo, se tornaram a verdadeira riqueza das nações no século 21.

A Economia Criativa reúne em torno de vinte setores, baseada num processo criativo e de inovação que agrega valor a produtos e serviços, gerando riqueza cultural e econômica. São consideradas atividades de economia criativa os processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços com o uso do conhecimento, da criatividade e do capital intelectual como principais recursos produtivos.

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Imagem 1: Jornal Brasil Econômico; Imagem 2: Setores Criativos – Ministério da Cultura

Trata-se de uma mudança que prevê um caminho em que as grandes corporações perdem força, em detrimento a novos sistemas baseados na cooperação e na confiança. Provas dessas transformações já estão por aí, algumas delas: o surgimento cada vez maior de Ecovilas e comunidades sustentáveis, a produção crescente de alimentos orgânicos em feiras ou entregues na porta da sua casa, o crescimento de empreendimentos como o Uber e o Airbnb, que fornecem serviço de transporte e de hospedagem marcadas pela proximidade e pela colaboração mútua.

Outro caso de sucesso fora do sistema, inspirador para muitas pessoas e impossível de não ser mencionado, foi a experiência de Amanda Palmer: em 2012, depois de se livrar de um contrato com uma importante gravadora, ela abriu um financiamento coletivo para produzir o álbum de sua banda. O pedido buscava arrecadar apenas cem mil dólares, mas foi um fenômeno imprevisto: em sete dias, Amanda havia angariado um milhão, tornando-se a maior campanha registrada pelo site Kickstarter, cuja notícia rendeu também um convite para uma palestra no Ted Talk chamada “A Arte de Pedir” – assista o vídeo abaixo. Numa frase super realista em meio à sua palestra, Amanda diz: “As ferramentas perfeitas não vão nos ajudar se não pudermos nos encarar, dar e receber sem medo, mas mais importante ainda, pedir sem vergonha.”

Uma atuação realmente fabulosa de Amanda, tamanha sua originalidade, verdade e capacidade de tocar as pessoas, história que virou livro com o mesmo título. A partir desta experiência, ela amadurece as teses que serão defendidas ao longo do livro: “É preciso coragem para pedir e, mais do que isto, coragem para receber. É muito mais fácil dar algo a alguém do que aceitar o que o outro tem para nos dar. Precisamos ter força para vencer “a patrulha da fraude”, aquela incansável voz interna que nos diz que nunca somos bons o suficiente no que fazemos (…) Eu não fiz as pessoas pagarem pelo meu projeto, eu pedi a elas. É através do próprio gesto de pedir que eu me conectava com elas, e quando se conecta a elas, as pessoas querem lhe ajudar (…) Quando vemos uns aos outros, queremos nos ajudar!”

Nesse cenário, estamos começando a migrar para um modelo menos consumista e mais colaborativo, que significa: doar, alugar, emprestar, compartilhar. E certamente, isso se aplica aos pequenos e médios produtores de orgânicos, envolvendo também uma área da alimentação que se expande a cada dia com a abertura de novos fast food’s veganos e vegetarianos, além de empresas de vestuário, cosméticos, higiene, produtos de limpeza, entre outros, já inseridos nessa economia e funcionando sem intermediários, para que o produto/serviço possa ser barateado e chegar até aqueles que não podem pagar o mesmo nas prateleiras dos grandes supermercados.

Penso que são esses canais que precisamos conhecer e divulgar, já que movimentos como este também são responsáveis por gerar maior integração entre as pessoas e responsabilidade social. Nesse contexto da economia criativa, existe um novo consumidor no mercado mundial: os prossumers, que são ao mesmo tempo produtores e consumidores dos serviços. Alguns documentários que sugiro e que abordam os assuntos mencionados: Food Matters (2008); Fat Sick and Nearly Dead – 1 e 2 (2010 e 2014); The Human Experiment (2013); Live and Let Live (2013); GMO/OMG (2013); Food Chains (2014); Cowspiracy: o segredo da sustentabilidade (2014); The True Cost (2015); The Kids Menu (2016: com Joe Cross). 

Assim, sigo confiante minha pesquisa. atenta a esse positivo e expansivo movimento: conhecendo, experimentando e testando esses produtos como uma simples consumidora, mas também com o senso crítico apurado, separando o joio do trigo perante aqueles que prometem e não cumprem com o prometido. Embora essa seja uma tendência crescente e já estejamos vendo valores de certos produtos e serviços bem mais em conta do que há anos atrás, ainda acredito que precisamos ter uma demanda cada vez maior para baratear o custo de outros. Podemos, até mesmo, reservar um tempo para fazermos nossos próprios produtos de limpeza, por exemplo, ou ainda, já que o mercado sempre tem alguém que atende a uma demanda, pesquisarmos os caminhos alternativos que prima por uma política de custo-benefício.

Nestes tempos, consciência desperta é importante para escolhermos um produto ou serviço, não apenas porque se diz orgânico, mas porque vibra e prima pelo benefício de todos os envolvidos, desde a origem do processo até às mãos do consumidor final. E falando em produtos que cumprem e que, além de orgânicos, estão envolvidos em projetos sociais, responsáveis e sustentáveis, importantes para o bem coletivo, seguem algumas belas dicas! Aproveite e espalhe essas sementes, divulgando àqueles que você conhece! O auxílio mútuo em prol do beneficio de todos é um gratificante e recompensador caminho a ser seguido! 😉

Dicas de produtos orgânicos: quimical free, sem testes em animais, livre de agrotóxicos/ pesticidas/ parabenos, ecológicos, naturais e sustentáveis!

Leia mais sobre orgânicos aqui: Mais Dicas de Produtos Orgânicos e Saudáveis no mercado! / Cosméticos orgânicos e ecologicamente corretos / Tinturas para cabelo 100% naturais

Faça/ crie receitas e produtos de limpeza, higiene e beleza em casa: Receitas Veganas: substituindo o leite animal/ Pastinhas Veganas e Vegetarianas: suas receitas mais saborosas e nutritivas!/ Receitas Caseiras com óleos essenciais

Para saber mais e aprofundar o conhecimento sobre Economia Criativa, baixe no site do Sebrae: Guia do Empreendedor Criativo

 

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