
“Num terreno instável, como se manter estável?
A parte mais estável de um terreno instável são a raízes.
Quanto mais profundas forem as raízes para dentro de si, mais estável será sua presença e energia em qualquer terreno para onde você estiver destinado a estar.
Quanto mais profundo nos trabalhamos, aprendendo a reconhecer e harmonizar nossas emoções e pensamentos, mais seguimos enraizando e curando aspectos nossos desta e de outras existências.
Seguimos separando o que serve para nossa caminhada evolutiva do que não serve, reconhecendo aquilo que é nosso daquilo que é do outro. Vamos resolvendo pendências do passado gravadas na memória das nossas raízes, tendo mais clareza das responsabilidades e compromissos de nossa alma, e nos percebendo cada vez mais estáveis na roda da vida.
Essa profundidade requer que identifiquemos nossos limites, para que não nos aprofundemos demais em terrenos que não nos pertencem e não nos dizem respeito, mantendo o foco apenas naquilo que nos compete.
Vamos adiante, aprofundando até onde é nosso compromisso, cuja compreensão vem passo-a-passo, entendendo o suficiente para trabalharmos no momento, no agora.
Nesse fluxo, somos atraídos para lugares e terras instáveis geralmente porque assim também estamos e nos sentimos internamente. Pela lei do semelhante que atrai o semelhante, muitas vezes é através de um terreno instável que nos é dada a oportunidade de nos libertamos da instabilidade que habita em nós.
Somos obrigados a ver a verdade nua e crua nesse tipo de território, que constantemente nos relembra aquilo que ainda precisamos trabalhar, pelo tempo que for necessário, até o momento que como as raízes seremos.
Através dessa jornada de verdade e enraizamento, é possível liberarmos e nos libertarmos de instabilidades emocionais e mentais, derivadas de traumas, limitações, crenças e padrões distorcidos sobre nós e nossa vida, sobre a forma de vermos e nos relacionarmos com aqueles que amamos e com o mundo a nossa volta.
Aprendemos que já não precisamos guardar nossas limitações e defeitos em caixinhas e gavetas fechadas, que não necessitamos pintá-los como algo que não são porque não os tememos mais, perante o nosso ou o olhar do outro. Aprofundamos, crescemos e nos tornamos mais fortes através deles.

Aprendemos que o que importa é o sentimento de pertencer. Damos um espaço no nosso coração a tudo o que precisa ser reconhecido e liberado, para nos reconciliarmos com nossas emoções: seja uma alegria genuína, seja uma raiva reprimida. Assim vamos nos reconciliando conosco.
Já não nos preocupamos – a pré-ocupação da mente – porque aprendemos a reconhecer e perceber emoções e pensamentos como um termômetro, ao invés de algo a ser temido, negado, reprimido ou ignorado nos recantos esquecidos de nós.
Passamos a usar esse termômetro para nos harmonizarmos toda vez que a temperatura subir além do normal. Então, voltamos novamente às raízes, onde a temperatura é amena, onde a linguagem falada só pode ser sentida e onde a energia é vital.
Enraizando profundamente somos capazes de nos tornarmos estáveis, encontrando por nós mesmos essa zona de estabilidade e dignidade, indicada na prática pelo resultado dos nossos pensamentos e emoções na rotina, a cada passo, a cada vez que ligamos o nosso observador interior.
A essa altura, somos capazes de nos tornarmos estáveis em qualquer terreno instável, porque mapeamos e aprendemos a transformar a instabilidade em estabilidade, o desequilíbrio em equilíbrio – à semelhança com que a terra é capaz de transformar morte em adubo para a vida.
Enquanto houverem tempestades na superfície, nossas raízes permanecem intactas dentro da terra, inabaláveis e sãs para sustentar as mudanças que ocorrem na mente e no emocional.
Toda vez que houver o caos dos pensamentos ou das emoções, podemos voltar às raízes do nosso Ser, um porto seguro, nos regenerando e nos vitalizando sempre que preciso for, até que a tempestade interior passe com os ventos da autotransformação, da autorreconciliação e do auto-amor. Até que os raios de sol venham nos visitar novamente, trazendo a clareza e o entendimento para mais um passo com consciência na jornada.
Nossa existência, assim como a respiração que pulsa em toda vida dentro e fora de nós, é feita de momentos de retração e expansão, de mortes e renascimentos, de dias de tempestade e dias de sol. É essa respiração divina, de vida, que contém o mistério da criação. Ele habita em nós e nos impulsiona a evoluirmos constantemente.
Um dia, todos passamos pelo caminho das raízes, para aprendermos com a sua medicina ancestral e o seu vasto reino. Com elas, aprendemos a ouvir este pulsar vital dentro de nós, para enraizarmos também. Em dias tempestuosos, uma árvore com raízes profundas será mais forte.”
Mensagem de ©Yehuá e uma Anciã das Chaves Ancestrais
Por Luciane Strähuber – Educadora da Terapêutica Integrada
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