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A Canção da Criança: Resgatando seu Som Original

Um texto lindo e atemporal que transcrevo para que possamos nos recordar do nosso som original, da frequência única que cada um  irradia e multiplica, como uma assinatura celestial universal, cuja vibração vem da alma desde antes de existirmos neste planeta – e existindo ressoa em sintonia ao som primordial da Mãe Terra.

Mesmo que não façamos desse costume um hábito, mesmo que não seja perpetuado desta forma nas culturas da maior parte das sociedades, que possamos honrar essa sabedoria ancestral de forma a resgatar nosso som sagrado. O universo conspira em favor, cria portas de acesso, de experiência e de oportunidades se assim desejarmos e estivermos abertos para ouvir com o coração. Namaste!

“Quando uma mulher de uma certa tribo na África sabe que está grávida, ela se isola na selva com outras mulheres e, juntas, rezam e meditam até que lhes venha a canção da criança. Sabem que cada alma tem sua própria vibração e que expressa sua particularidade, unicidade e propósito. As mulheres cantam a canção e a cantam em voz alta. Logo retornam à tribo e ensinam a canção a todos as pessoas. Quando a criança nasce, a comunidade se junta e canta sua canção.

Quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe canta sua canção. Quando inicia a vida adulta, o povo se junta novamente e canta sua canção. Quando chega o momento de seu casamento, ela escuta sua canção. Finalmente, quando chega a hora da sua alma ir para um outro mundo, a família e os amigos se aproximam de sua cama e, assim como no seu nascimento, cantam sua canção para acompanhá-la na sua transição.

Nesta tribo da África há uma outra ocasião na qual o povo canta a canção. Se em algum momento durante sua vida a pessoa comete um crime ou um ato social agressivo, se leva a pessoa até o centro do povoado, todos formam um círculo ao seu redor e cantam sua canção.

A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é um castigo, mas sim o amor e a recordação de sua verdadeira identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção, já não teremos desejos nem necessidade de fazer nada que possa prejudicar os outros.

Teus amigos conhecem a tua canção e a cantam quando a esquecer. Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou pelas escuras imagens que mostras aos demais. Eles recordam a tua beleza quando te sentes feio; tua totalidade quando estás partido; tua inocência quando te sentes culpado, e teu propósito quando estiveres confuso.

Não necessito uma garantia assinada para saber que o sangue de minhas veias é da terra e sopra em minha alma como o vento, refresca meu coração como a chuva e limpa minha mente como a fumaça do fogo sagrado.”

Texto de Tolba Phanem: mulher, poetisa, africana, defensora dos direitos civis das mulheres africanas.

Filme/ Animação relacionado ao tema: Kirikou – Os Homens e as Mulheres; Kirikou 2 e os Animais Selvagens – Leia mais em: Desenhos Animados da Nova Era: Ressignificando Condicionamentos

Leia também: O Caminho da Alma: Despertando seu Som Original

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