Estamos ouvindo, em todos os meios de comunicação possíveis, sobre a falta de água no país, notícia tendenciosa quando aborda a palavra “Brasil” e que tem trazido a proliferação de inúmeros artigos a respeito de tecnologias de reaproveitamento de água a fim de torná-la potável: água da chuva, do chuveiro, da máquina de lavar, de filtros, além da dessalinização da água do mar sem a perda dos seus minerais, entre outras.
Com certeza, estas tecnologias, algumas desenvolvidas por empresas e outras por especialistas ou pessoas comuns em seus próprios quintais, serão sempre bem vindas no que se refere à sustentabilidade ambiental e à autosustentabilidade. Entretanto, estamos vendo a notícia sobre a falta de água na Região Sudeste do país crescendo como uma bola de neve e, agora, já se alastra para todos o país: será alguma contradição ou mero jogo político/ midiático para gerar medo e manter a população sob controle?
Portanto, como forma de esclarecimento para quem busca informação, a falta de água na região Sudeste é muito mais resultado da falta de gerenciamento do poder público – desperdício, poluição e falta de planejamento – além da falta de limite quanto à expansão populacional de uma cidade grande – vide artigo: http://ciclovivo.com.br/noticia/especialistas-culpam-poder-publico-pela-crise-hidrica-no-sudeste – do que, propriamente, a possível falta de água nos próximos anos no país, notícia que propositadamente criada para gerar pânico!
Uma companhia localizada em Bertioga, litoral de São Paulo, desenvolveu um método para dessalinizar a água do mar e torná-la própria para o consumo humano. Apesar de estar sob avaliação da Anvisa para ser comercializada em território nacional, o mesmo órgão já autorizou a produção e exportação da água.. Batizado de “63 Water Vital Minerals”, a empresa não ganhou esse nome à toa. Os fundadores, o empresário Annibale Longhi e o engenheiro Silvio Paixão, garantem que, por meio da técnica, é possível retirar o sal e ainda manter 63 minerais que são importantes para os seres humanos. Longhi afirma que as garrafas de água vendidas nos supermercados possuem cerca de 12 minerais, entretanto para o corpo se manter saudável são necessários muito mais.
Em alguns condomínios do referido Estado, também existem sistemas de tratamento próprios para reaproveitamento de água, com placas que informam às pessoas o belo trabalho realizado. Vide artigo: http://g1.globo.com/sao-paulo/blog/como-economizar-agua/post/predios-de-sp-reciclam-agua-e-usam-placa-para-explicar-reuso-na-calcada.html
Assim, se em São Paulo falta água mas, no litoral do mesmo Estado existe uma empresa com tecnologia capaz de dessalinizar a água do mar, mantendo-a mineralizada e tornando-a própria para o consumo, já com compradores na França, Alemanha e Estados Unidos, alguma coisa não está bem explicada. Com empresas como esta e o leque de opções com relação às tecnologias para reaproveitamento de água, não haveria necessidade de tanto alarme. O que falta mesmo é interesse e atitude do poder público para resolver o que já saiu do controle nas grandes cidades, além da conscientização da população através de meios que informem essas tecnologias e sistemas de reaproveitamento de água, pois a maior parte peca pela ignorância do assunto. Fica a reflexão para gerar senso crítico diante do que a mídia “despeja” como informação real. 😉