
Este é um texto atemporal, que pode nos auxiliar a refletir diante dos nosso erros e acertos, aprendendo a desapegar do passado e focar no presente, nas ações e movimentos em direção aos nossos avanços tendo paciência para conosco.
Nos permitir enraizar a nós e nossa vida pelo tempo que for necessário, até que a copa de nossa árvore esteja forte o bastante para expandir e nossas raízes profundas o suficiente para colhermos os frutos das nossas vitórias, são movimentos que também estão em sintonia à nossa alma.
Respeitar esse movimento é ir além da mente e desenvolver a paciência com fé no porvir e no que muitas vezes não está sob o nosso controle: uma ação perante a “não-ação” deliberada, permitindo que maturemos nosso ser pelo tempo necessário até a colheita desses frutos, que na sua fase madura estarão em ressonância à nossa fase de maturidade. Namaste!
Levantai os Olhos
“O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago. A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo. Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.
Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas. É preciso cogitar a colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro. Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.
Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem. Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores. Verdades eternas proclamam que a felicidade não é mito, que a vida não constitui apenas o curto período de manifestações carnais na Terra, que a paz é tesouro de todos os filhos de Deus, que a grandeza divina é a maravilhosa destinação das criaturas.
No entanto, para receber tão altos dons, é indispensável erguer os olhos, elevar o entendimento e os raciocínios. É imprescindível alçar a lâmpada sublime da fé, acima das sombras.
Irmão muito amado, que te conservas sob a divina árvore da vida, não te fixes tão somente nos frutos da oportunidade perdida que deixaste apodrecer, ao abandono. Não te encarceres no campo inferior a contemplar tristezas, fracassos e desenganos. Olha para o alto! Repara as frondes imortais, balançando-se ao sopro da Providência Divina!
Dá-te aos labores da ceifa e observa que, se as raízes ainda se demoram presas ao solo, os ramos viridentes, cheios de frutos substanciosos, avançam no Infinito, na direção dos Céus.”
Trecho extraído do livro “Vinha de Luz”, de Chico Xavier (Emmanuel)