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Mensagem de um Guardião: agentes da Lei e da Justiça Divina nas trevas humanas

Guardião da Lei

“A NOITE SÓ É NOITE PARA NOS LEMBRARMOS DE ONDE VIEMOS E PARA QUE POSSAMOS, AO FINAL DE NOSSA JORNADA, VOLTAR EM PAZ”. 

Essa frase recebi após um trabalho espiritual com os Guardiões da Lei e da Justiça Divina. Ela descreve, através de uma analogia, o trabalho deles nos planos espirituais “inferiores”, planos esses que não representam o significado literal da palavra, mas assim são chamados pela sua frequência energética mais densa, nutridos pelos pensamentos, excessos e emoções humanas em desequilíbrio, em desarmonia ou em dissonância.

Sob a ótica dos guardiões, a noite – a escuridão representada aqui por noite – não significa trevas ou caos, mas apenas um outro plano dimensional de existência que poucos ainda conseguem compreender. Esses guardiões atuam diretamente em sintonia aos Planos de Luz e transitam até os planos inferiores levando os ensinamentos de respeito, ordem e disciplina e atuando conforme a Lei Divina.

Segundo o Guardião da Meia-Noite e Sete Encruzilhadas, com os quais muito já dialoguei em trabalhos ligados à Lei Divina, o caos ainda se processa no mundo humano e, por esta razão, os planos “inferiores” ainda existem para esgotar este caos e levar o devido aprendizado àqueles que caem nas trevas pelo simples resultado de suas ações e conduta. Estes planos inferiores podem ser chamados planos umbralinos, como no espiritismo, mas também podem residir em dimensões muito densas que não possuem um nome específico para descrevê-los.

De acordo com Robson Pinheiro, uma passagem do livro “Legião” narra claramente o que o autor Roger Feraldy também descreve no livro “Erg: o décimo planeta“, que os planos dimensionais inferiores surgiram no planeta Terra já tendo em vista a vinda de almas conturbadas de outros mundos, encaminhadas para cá a fim de poderem, através da roda cármica, evoluírem através de um sistema de normas e regras previstas dentro da Lei Divina: 

“Num planeta no qual se reúnem espíritos comprometidos e complicados, com comportamentos diversos e, na maioria dos casos, com desenvolvimento moral profundamente questionável, nada mais adequado do que a implantação de um sistema assim. A necessidade de espíritos dedicados exclusivamente à manutenção da ordem, da disciplina e do equilíbrio começou já no momento em que a Terra recebia os primeiros contingentes de espíritos vindos de outros mundos, evento contemporâneo às civilizações da Lemúria e da Atlântida. A partir de então, essa classe de espíritos, os guardiões, tem se aprimorado e especializado cada vez mais nas questões confiadas a eles (…) 

Embora as diversas especializações e a eficiência das falanges de guardiões, seu trabalho no mundo não consiste nem visa à eliminação das lutas do cotidiano. Ao contrário do que muitos observadores da realidade argumentam, esses espíritos, enquanto agentes de Deus que são, não estão aí para poupar o homem de enfrentar as questões que ele mesmo engendrou ao longo dos séculos… A função dessas equipes não é privar os indivíduos ou os governos dos desafios para o estabelecimento da paz, tampouco manter afastadas as inúmeras questões complexas e de natureza distinta que afligem a humanidade.”

Então eles não interferem no livre arbítrio. “…sua atuação limita-se à barreira do livre-arbítrio das pessoas e comunidades, a menos que, no exercício da liberdade individual, seja colocado em risco o grande plano divino de evolução para os povos do planeta. Nesse caso, os guardiões assumem o papel de instrumentos da lei de causa e efeito, impondo um limite àquilo que poderia gerar um desvio mais evidente e profundo no planejamento geral.”

Arte: Zola

A fogueira acesa à noite pelo Povo Cigano pode ser uma outra analogia ao papel de um guardião, por exemplo, que procura guiar através do autoconhecimento e do aprendizado pela Lei e pela Justiça aquele que, após ter “caído”, necessita reaprender a acender sua luz interior, assim como a fogueira que ilumina a noite escura, mas que é necessária para que, ao nascer do sol, a “carroça cigana” possa seguir adiante rumo aos Planos de Luz existenciais.

Através de uma ótica semelhante, o relato de Ogum Beira-mar na obra de Rubens saraceni: “Livro de Exu“, mostra a importância deste trabalho: “Comentar os Sagrados Guardiões da Lei é a oportunidade de lançarmos um pouco de luz sobre um assunto de suma importância para os umbandistas, em particular, e todos os iniciados em geral (…) Assunto este pouco conhecido, mas que, em última instância, rege a vida de todos os que dedicam boa parte, e a parte espiritual de suas vidas, às coisas supra-humanas. Quando dizemos a parte espiritual de suas vidas, queremos dizer que ela é a imortal, que não perece junto ao corpo carnal. Apenas isso, e nada de outras ilações. Tudo o que um ser faz no final se revela bom, senão para si, pelo menos para algum semelhante. 

Quanto aos Guardiões da Lei, são seres planetários responsáveis pelo equilíbrio da Lei dentro da natureza planetária, e têm por função velar para que excessos não sejam cometidos, tanto os de ordem negativa quanto os de ordem positiva. Sim, excessos de ordem positiva também acontecem. Eles acontecem quando “espíritos de luz” imiscuem-se nos domínios dos “espíritos das trevas”. E não é raro acontecerem excessos no cumprimento de atribuições, quando sentimentos opostos são elevados a situações extremamente emocionais (…) Por “Lei”, aqui em especial, entendam a ordem das coisas em todos os planos da Vida e níveis conciensciais. A Lei age por si só e dispensa a interferência humana. Mas como o ser humano é envolvido, mesmo contra sua vontade por aqueles que se desequilibram, então o fator humano também é acionado pela Lei quando se faz necessário.” 

Face a essas reflexões, deixo aqui indicações de algumas obras que podem ser encontradas online em formato PDF para download, as quais costumo indicar como estudo e aprofundamento para conhecimento do trabalho desses guardiões. Através de suas histórias, canalizadas por autores conhecidos como Rubens Saraceni e Robson Pinheiro – incluindo outros menos famosos mas não menos importantes – podemos ter uma ampla visão e aprendizado ao entrar em conexão com elas.

Podemos sintonizar e expandir nossa compreensão para entrar em contato também com os referidos guardiões e compartilhar da sua imensa sabedoria, muito incompreendida e deturpada por tabus, preconceitos e ideologias provindas das origens do catolicismo, que ainda imperava quando o surgimento da verdadeira Umbanda (aquela que não utilizava nenhum tipo de sacrifício) veio para começar a esclarecer suas funções a atuações.

Numa outra passagem que li no livro “O Guardião da Meia-Noite”, que fez muito sentido quanto ao aprendizado e conhecimento que já havia recebido desses sábios agentes da Lei, seguem as palavras do Guardião dos Sete Portais em diálogo com o Guardião da Meia-Noite:

“Não pense que consegui meu poder sendo um tolo. Sempre dormi com um olho aberto. Nunca deixei uma ofensa sem resposta, nem um inimigo mais fraco sem conhecer o meu poder. Nunca deixei de respeitar um igual ou de temer a um mais forte. Foi assim que consegui tanto poder, mas também não saí da Lei do Carma. Não derrubo quem não merece nem elevo quem não faz por merecer. Não traio a ninguém, mas também não deixo de castigar um traidor. Não castigo um inocente, mas não perdôo um culpado. Não dou a um devedor, mas não tiro de um credor. Não salvo a quem quer se perder, mas não ponho a perder quem quer se salvar. Não ajudo a morrer quem quer viver, mas não deixo vivo quem quer se matar. Não tomo de quem achar, mas não devolvo a quem perder. Não induzo alguém a abandonar o caminho da Lei, mas não culpo quem dele se afastou. Não ajudo alguém que não queira ser ajudado, mas não nego ajuda a quem merecer.

Sirvo à Luz, mas também sirvo às Trevas. No meu reino eu mando e sei me comportar. Não peço o impossível, mas dou apenas o possível. Nem tudo que me pedem eu dou, mas nem tudo que dou é porque me pediram. Só respeito a Lei do Grande da Luz e das Trevas, nada mais. É por isso que o Grande exige de mim, portanto é isso que eu exijo dos que habitam meu reino. Não faço chorar o inocente, mas não deixo sorrir o culpado. Não liberto o condenado, mas não aprisiono o inocente. Não revelo o oculto, mas não oculto o que pode ser revelado. Não infrinjo a Lei e pela Lei não sou incomodado.”      

Longe de “pregar” ou defender aspectos de qualquer religião ou crença, esclareço que a importância dada a este artigo vem ao encontro do estudo, do autoconhecimento e do ensino espiritual que ele pode propiciar. Apenas incito a reflexão, o senso crítico e investigativo para um conteúdo que considero importantíssimo a todo o médium, espiritualista, buscador ou trabalhador que objetiva atuar conhecendo como se processam as leis universais e divinas, trazendo à consciência o reconhecimento das suas e das “sombras” alheias para poder compreender o macrosistema espiritual em sua totalidade – até onde nos é permitido compreender e acessar.

Conhecendo nossas sombras, aprendendo a separar o que é nosso do que é do outro ou do que herdamos, deixando de negá-las mas abraçando-as para compreendê-las e evoluí-las, será mais fácil poder reconhecer as sombras alheias. Sabendo como esses mecanismos se processam dentro de nós, sem julgamentos, auxiliaremos a nós mesmos e a muitos outros no processo de despertar de consciência e transformação interior através do autoconhecimento. Ficam as dicas dessas profundas, intrigantes, emocionantes, fortes e belas narrativas a quem interessar: um universo encantador de superação e aprendizado!

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